domingo, 31 de outubro de 2010

uma metade de lua



Aqui, só já vive uma metade da lua
A metade negra e oculta
Aquela que eterna sobra da luta
E fica sombra nua


A metade, que as estrelas quer esquecer
Quiçá varrer do pensamento
Como quem apaga um momento
Que mal chegaram a saber


Um poema-monólogo irrompe
De fronte para o universo
Aqui, só já vive uma metade de lua
… Um só verso…


Sobras e sombras de um lugar
Em eterna despedida
Metade de lua-sonho
A sonhar que o sonho é vida…


teu R. BLAINE

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Parabéns querida!!!




Parabéns querida
Por teu sorriso, por tua vida
Parabéns por esse dia
Esse dia que alguém deitou
E com amor te gerou
Para mim


Parabéns querida
Por teu olhar, por tua vida
Parabéns, amante, amiga
Meu festim


Sopra essa vela
Esse sonho de agora
Sopra teu beijo
Em mim a toda a hora


Parabéns querida
Por estares na minha vida
Por seres a vida que tracei
Parabéns por esse dia
Minha querida
Menina linda que sonhei


Sopra essa vela
Pede um desejo
Abre teus olhos
Recebe meu beijo

teu, R. BLAINE

sábado, 9 de outubro de 2010

horas tristes


Minhas horas são tristes
Como tristes são meus dias
Como essa chuva de Outono
Lágrimas minhas, que nem sabias


E as noites são meu corpo
De saudade por te ter
São a bruma do meu sonho
Num ambíguo desvanecer


Minhas horas tristes de não serem
Nem mais horas tão pouco
De serem lágrimas apenas
Mágoas de um homem louco


E se é loucura amar-te
Se for pecado tocar-te
Com minha alma insegura


Que possa sempre olhar-te
Lá, de um novo começo, chegar-te
Em cada noite de lua


teu, R. BLAINE

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

meu delírio



De que falam meus sentidos
De teus beijos proibidos
De tua boca de mel
De teus olhos, nos meus, perdidos
Sonhos húmidos, apetecidos
Na nossa pele

Tua castidade minha vontade
Meu desejo mais mordaz
Minha guerra, minha luta
Minha deusa, minha paz

Meu recanto de poemas
Meu jardim de açucenas
Minha sede de te amar

Meu delírio
Minha cama,
Meu postigo
Minha amada
Meu castigo

Te pego pela raiz
Do jeito que quis
Te pegar
Na macieza de teus cabelos
Vou descobrir teus segredos
E te castigar

Vou te prender
Te deter
Te vergar no meu ensejo
Vou me derreter
Me perder
Em cada poro do teu corpo
Que nem louco
Que nem desejo

Minha lua
Carne crua
Em contra-luz
Tu me pega
Tu me leva
À tua cruz

Te amo hoje
Te quero agora
Minha gata de cio
Minha musa dessa hora

teu, R.BLAINE

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

fogo e paixão



Não quero ser um estranho em ti
Nem aquele que te condena
Não quero a manhã submersa
Quero antes, a noite plena

Quero ser o mote de teu poema
A luz da lua que te cobre
Quero que teu sangue quente
Me aqueça para lá da morte

Quero perder-me nas tuas palavras
Nos gestos com que me enlaças
O corpo com que me beijas

A loucura com que me matas
A paixão com que me amordaças
Nessa cama em que me desejas

teu, R. BLAINE

domingo, 3 de outubro de 2010

poema sem jeito



Te levo prá cama
E acendo a chama
De te amar
Te levo no vento
Nesse momento
Que ouves o mar

Chegando em teu corpo
Espumando de louco
De tanta saudade
Tocando-te a pele
Na força da febre
De tanta vontade

Tu sabes-me a sal
Ao bem e ao mal
Tu sabes-me a lua
E tanto te quero
Que mal te espero
Nessa cama nua

Só para te amar
Te ver, te tocar
Me fazer feliz

Só para sonhar
E me embalar
Na cama que fiz

Com teu corpo
Sempre tanto
Sempre pouco


Te levo, te trago
Te beijo, te afago
Te prendo
Te solto em meu peito
Poema sem jeito
Perdido no vento

teu, R. BLAINE

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

fome de ti




Não vejo o dia de matar essa fome de ti...
De ficar do teu lado e não mais partir
De nosso abraço
Hoje mais que nunca me sinto aqui
Entre teus perfumes que jamais senti
No calor de teu regaço

Este platónico momento me mata
Quero tua carne e tua alma
Bem dentro de mim
Quero tua mão que agarra
Teu olhar que trespassa
Meus sentidos do fim

Quero da tua história meu tema
Teu enigma em meu dilema
Tua loucura em minha lucidez
Quero-te fera e serena
Quero-te vida em meu poema
Quero-te uma e outra vez

E de tantas vezes te querer
Quer ainda mais e não saber
Quantas mais ainda vou
Olhar teus olhos e me perder
Nessa fome de te saber
Nesse abraço que te dou…


teu, R.BLAINE

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

meu amor de toda a vida




Não me peça a lua
Nem a eternidade
Só te posso dar
Esta vida, esta vontade

És meu amor de toda a vida
Água cristalina correndo pouco a pouco
Saciando meu desejo
Afogando o meu corpo

Em teus seios
Me descuro
Me enrosco
Me descubro

Nesse relevo
Imponente
Em teu corpo
Comovente


Nada me peça
Que tudo é já teu
Meu amor de toda vida
Mais que um corpo, és meu céu

Em teu útero
Vive o prazer
De me matar
Só pra viver

Um dia mais
Do teu sabor
Da tua pele
Do teu calor

És meu amor de toda a vida
Minha cama desmanchada
Minha flor mais querida
Minha fera mais canalha

Não me peça a lua
Nem a eternidade
Só te posso dar, a minha vida…
…Minha vontade... (de ti)…

teu, R.BLAINE

terça-feira, 28 de setembro de 2010

My Brightest Diamond - Inside a Boy




William Shakespeare
"O amor é a única loucura de um sábio e a única sabedoria de um tolo."



Será que me salvas
Destas horas sombrias
Destas más memórias
Dos meus dias

E as tuas asas suportarão
O peso do meu passado
O meu presente negro
O meu futuro manchado

Será que me salvas
E morres comigo
Neste último desejo
Neste beijo onírico

Será que vais ficar
Do lado errado da lua
Enquanto a noite escura
Me devora

Será que me salvas
Deste mundo lá fora?

teu, R. BLAINE

domingo, 26 de setembro de 2010

3Xtu



Se te amar for um momento
De vera saudade
Que seja assim como o vento
Para toda a eternidade
Mas se ela for menor
Se ela não nos bastar
Que seja só o momento
Desse amor em nosso olhar…


*
Fica comigo
Entre o sonho e o vício
De nos tocarmos
Entre a vontade
E saudade
De nos amarmos

Fica comigo
Que eu necessito
Você aqui
Hoje preciso
Do seu abrigo
De estar em ti

Junta agora
Nessa hora
O que o mar separa
Me dá teu corpo
A tua esperança
A tua alma

Me dá certeza
Dessa beleza
Que há em ti
Estou-te esperando
Estou-te amando
Mais do que a mim

Fica comigo
Entre o céu e o vício
E a noite serena
Eu te preciso
E aqui te dispo
Neste poema


*
Sangue fervendo
Corpos gemendo
Almas suando
Bocas querendo
Olhos sorvendo
O nosso pranto

A nossa fome
A nossa gula
A nossa sede
Mar de loucura

E nada fica
Nada nos sobra
Nada segura
A nossa hora

Como te amo
E tu me amas
Como te busco
Como me chamas

E nossos nomes
São beijos mais
Que eu te dou
Que tu me dás

Ficar depois
Na cama os dois
Olhando o mar, sonhado
Que nem dois sóis
Que nunca sós
Ficam assim se iluminando

teu, R. BLAINE

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

beijo



Doce a hora de me dar
De me ter no teu olhar
De me perder em teu ventre
De beber desse mar
Dessa sede de te amar
Que todo meu corpo sente

Doce tua boca de me beijar
De me sorver a cada esgar
Teus lábios quentes, sofridos
Dessa chuva de tomar
Tua língua o paladar
De meus mais doces delírios

Quero tuas mãos em mim
Teu corpo no fim
Tua alma depois
Quero sentir-te assim
Bem dentro de mim
Dentro de nós dois…

teu R. BLAINE

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

meu anjo




És linda
Diga o que disser o tempo
Tudo em ti é belo
Tens um jeito de anjo
Que vem no vento

Sem ti sou um mero mortal
Neste mundo feio
Sem o teu olhar que sou?
Apenas mais um defeito

És linda
És a luz que me segue
Tudo em ti é belo
Tens um jeito de anjo
Que me aquece

És linda
Diga o que disser o tempo
És minha musa
Meu anjo
Que vem no vento…

teu R. BLAINE

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

me ama



Me amarra, me solta em ti
Me deixa ir
Ou vir, como queira
Faça do meu jeito
Da sua maneira

Me degela
Me joga da janela
Ou na tua cama
Me alimenta
Me ama

Me condena

Me chama, me grita, me sussurra
Deixa minha alma suja
Com teu desejo

Me adora

Me acarinha, me besunta, me adoça
Com teu mel
Deixa teu suor colar na minha pele

Percorre cada pedaço
Do meu corpo
Me deixa louco
Me deixa baço

Me tortura com teus lábios
Me segura em teus braços
E me afaga

Me cobre de nata, de jasmim
Me devora nessa hora

Me sacode, me acorde
Me mata

Me guarda no fim...


teu R. BLAINE

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

musa



é tão compensador emocionalmente vestir uma mulher quanto despi-la

Hoje desnudei-te com o meu olhar
E com este poema que lancei ao mar
Sob todas as estrelas deste firmamento
Acendi o meu velho cigarro negro
Por entre os dedos e o medo
De seres miragem no vento

Tua carne sã, teu seio teso, teu doce ventre
Nessas curvas de musa ardente
Onde todo o orgasmo é pouco
Onde tudo o que sou fica pendente
De tantos desejos da mente
Como da carne de um louco

Hoje desnudei-te para toda vida
Quero-te no altar despida
Na mais perfeita beleza
Quero-te em mim perdida
E não por aí à deriva
Da minha tristeza

Meu cigarro negro que se apaga
Enquanto a minha boca teu beijo traga
Enquanto minhas mãos te percorrem
E meu corpo em ti se enlaça
Neste poema que traça
Meus sentidos que jamais dormem


...No fim meu amor
E só no fim…
…vesti-me de ti…

Teu R. BLAINE

sábado, 11 de setembro de 2010

na tua metade de lua



Pressinto que te conheço mesmo antes da formação de todas as outras estrelas. A própria lua que habitamos era apenas um projecto mal conseguido do tempo até lhe darmos forma.

Hoje deixei a minha metade de lua
Para poisar na tua
Sentia aquela saudade
Que só os lunáticos sentem
E que em verdade
Não escondem, não mentem…

Dormias quando cheguei, naquele teu sono branco sem as sombras do passado a pairarem sobre ti. Todo o teu corpo era paz e luz.
Fiquei breves séculos a contemplar-te, a amar-te em pensamento. E como por magia o teu corpo respondia com breves pasmos.
Amai-te completa. E tu, no teu profundo sono, sabes, que te entregaste desprovida de culpa.

Deitei-me depois a teu lado cobrindo-te com um pouco de céu e abracei-te. Lembras-te? Quando acordaste amanheceste no meu peito e sorriste, como quem sente ainda na boca o sabor dos amantes.

Teu olhar lunar
Cabisbaixo tumular
Sobre a cruz da minha sina
Enquanto me ouvias pedir
A tua mão, a tua alma
E tu, sempre a sorrir
Não mais me deixaste partir
Da tua vida


Somos só nós, a lua e um universo que não nos pode tocar.
Aqui seremos justos e justiceiros, seremos apenas nós verdadeiros, sem malícia sem pudor…

Hoje como sempre me despeço com amor…


Teu, R. BLAINE
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